O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou o boletim agrometeorológico mensal com a previsão climática para o trimestre de agosto a outubro. O cenário preocupa produtores rurais e autoridades do setor hídrico, já que a tendência é de chuvas abaixo da média histórica em praticamente todo o Sudeste, com reduções que podem chegar a 50 milímetros em áreas de divisa entre Minas Gerais e estados vizinhos.
De acordo com o Inmet, a expectativa é de que o norte e o noroeste fluminense também enfrentem baixa disponibilidade de água no solo, com percentuais inferiores a 30%. A deficiência hídrica deve predominar principalmente em setembro e outubro, intensificando os riscos para a agricultura de sequeiro e a manutenção de pastagens.
As temperaturas também devem ficar acima da média. No Rio de Janeiro e no Espírito Santo, os termômetros podem marcar até 0,5°C a mais do que o esperado para o período, agravando a evaporação e reduzindo ainda mais os estoques hídricos.
Enquanto isso, o Inmet aponta que apenas áreas do sul e leste de São Paulo terão condições mais favoráveis, com estoques variando entre 50% e 90%. Já no restante do Sudeste, os déficits hídricos devem variar entre -60 mm e -130 mm, comprometendo o equilíbrio do solo.
O boletim alerta ainda que os excedentes de água se concentrarão apenas no extremo sul paulista e no Vale do Paraíba, mas de forma pontual e insuficiente para compensar o déficit hídrico acumulado em regiões como o norte e o noroeste fluminense, que historicamente já sofrem com estiagens prolongadas.
Com a previsão de menor volume de chuvas e temperaturas mais elevadas, especialistas recomendam atenção redobrada dos agricultores e gestores de recursos hídricos, a fim de mitigar os efeitos da escassez que deve marcar os próximos meses.
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